segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Física do Violino


Atenção senhoras e senhores amantes de uma boa música!

Em uma de minhas cavucadas* na internet acabei encontrando um artigo que achei muito interessante e gostaria de compartilhar com vocês.
Este artigo fala sobre a física do violino de maneira bem completa, mas que pode ser entendido conceitualmente sem problemas.



Aos amantes do instrumentos, interessados e principalmente aos curiosos aqui está o link:
Enjoy
(^_^)

*cavucadas = do popular: procura, busca....etc.



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Phet


Boa tarde galera que acompanha o blog do Pibid Física UFLA (três dias pra ler o nome do blog)!!

Vim para compartilhar com vocês, que gostam bastante de um computador e AMAM (ou não...) física, o Phet.

Mas o que raios e trovões é isso??

O PhET é um programa desenvolvido pela Universidade do Colorado, que permite ao usuário fazer simulações virtuais sobre vários fenômenos da natureza.

Durante as simulações sinta-se livre para explorar ao máximo o que vai acontecendo enquanto vamos manipulando o experimento ao nosso “bel-prazer”.

http://phet.colorado.edu/en/get-phet/full-install

Existe tambem a opção para rodar qualquer simulação diretamente pelo site e é preciso ter flash e java instalados em seu computador.

PS1: Não esqueça de detonar algo.

PS2: http://www.ensinolivre.pt/?q=node/184 (aqui um link com alguns aplicativos traduzidos pra vocês)

PS3: Videogame da sony.


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

IDEB Aponta melhoria na Educação Pública

Apesar de índice apontar melhora na educação, ritmo é mais lento no ensino médio  

(Folha de São Paulo, 01/07/2010)

ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
ANTÔNIO GOIS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA 


A qualidade da educação no Brasil melhorou nos últimos dois anos. Principalmente no ensino fundamental. No nível médio, no entanto, o avanço continua tímido. É o que mostra o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira.


Este indicador é calculado a partir da taxa de aprovação dos alunos brasileiros e do desempenho deles em português e matemática. O maior salto ocorreu no ensino fundamental:  na 4ª série, a nota passou de 4.2 para 4.6; 
na 8ª, de 3.8 para 4.  no ensino médio, o ritmo é mais lento: a média passou de apenas 3.5 para 3.6. A escala vai de zero a dez.

O ministro Fernando Haddad afirmou que o ritmo mais lento no ensino médio se deve ao fato de que os alunos que estão nessa etapa atualmente ingressaram na escola quando a qualidade era pior.
A meta do país é, em 2022, chegar às notas 6 para a 4ª série, 5,5 para a 8ª e 5,2 para o ensino médio. Com isso, de acordo com o Ministério da Educação, o Brasil chegaria a patamar semelhante ao dos países desenvolvidos. 

Esses indicativos, mostram que uma política séria e contínua para a Educação Básica é capaz de gerar bons resultados. Será que o PIBID produzirá efeitos benéficos ao  Ensino Médio, aproximando esse índice dos patamares dos países desenvolvidos? Qual será a nossa contribuição nisso tudo?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PIBID na coluna da Revista Veja

Para a primeira postagem vamos compartilhar a crítica que saiu no site da Revista Veja no dia 07 de abril de 2008.

Antes de qualquer comentário gostariamos de saber a opinião de todos os leitores.
Sejam bem vindos!!!

Bolsa-professor e o erro de prioridades

"Neste ano, o MEC implantará uma iniciativa chamada Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid), que já vem sendo chamado de "bolsa-professor". O programa destina recursos - 39 milhões de reais esse ano - para o pagamento de bolsas de 300 reais por mês a alunos dos cursos de licenciatura, com ênfase nas áreas de exatas, para que realizem programas de estágio em escolas públicas do ensino básico. Haverá também pagamento de 600 reais por mês aos professores da rede que participarem do projeto, ajudando os estagiários, e pagamentos de 1.200 reais mensais para os coordenadores e sub-coordenadores do projeto em cada instituição de ensino superior. Creio que esse programa diz muito sobre as estratégias educacionais desse governo e o problema que temos com elas.

O programa tem uma certa lógica. Seu objetivo é aumentar a retenção de professores - fazer com que mais alunos que estudam nos cursos de licenciatura exerçam a função de professores depois de formados. Não sei se a exposição à sala de aula dessa maneira vai aumentar ou diminuir as probabilidades de que isso aconteça, pois não está claro quais critérios deverão ser seguidos para que os projetos apresentados sejam aceitos pela Capes, que é quem vai julgar os projetos e alocar os recursos. Mas tudo bem, deixemos essa questão de lado e presumamos que o programa realmente ajude os professores a entrar na docência. Seria otimismo demais, porém, imaginar que um professor vai permanecer durante anos em uma carreira apenas porque, quando era estudante, recebeu 300 reais por mês. É difícil esperar que esse programa tenha impactos de longo prazo ou que vá representar - até pelo seu pouco volume - uma mudança significativa no panorama da educação brasileira. E realmente não há mais muito que o MEC possa fazer sobre os salários de professores da educação básica, já que este pagamento é de responsabilidade de estados e municípios.

Há uma ferramenta, porém, que está diretamente sobre controle do Ministério e que tem impacto definitivo sobre o sucesso dos futuros professores: os cursos de ensino superior nas áreas de licenciatura e pedagogia das universidades federais, que formam os futuros professores. Apesar de serem pequenos em termos de números de alunos, os cursos de universidades públicas - das universidades federais e das estaduais, especialmente as paulistas - são as áreas de referência no campo de formação de professores no país, exercendo forte influência sobre o ensino praticado nessas áreas nas faculdades particulares. E há uma montanha de evidências demonstrando que esses cursos, mesmo o das universidades mais renomadas, são péssimos. Ensinam tudo aquilo que uma pessoa possa querer saber sobre educação - sua história, seus pensadores, sua função social, sua filosofia, sua sociologia - menos as duas coisas que realmente importam: o conteúdo que o professor terá de ensinar e a didática para que ele o ensine em uma sala de aula condizente com a realidade brasileira.

Nossos professores chegam às escolas com pouco conhecimento sobre o que terão de ensinar ou como fazê-lo de forma eficaz. Esse despreparo redunda em insucesso na sala de aula e a inevitável frustração que a acompanha. Pesquisa atrás de pesquisa, no Brasil e no mundo, apontam a importância do ambiente da escola, da satisfação do professor e das suas percepções sobre a sua própria eficiência como fatores importantes para a retenção de bons professores. A maneira mais decisiva - e barata - de mudar esse quadro é dando uma formação mais robusta aos nossos professores. Isso, porém, requeriria uma queda de braço com as universidades públicas, e isso o MEC parece não estar disposto a fazer.

O Pibid tem a mesma lógica do ProUni, o programa que transfere recursos públicos para custear bolsas de alunos em universidades particulares. O ProUni é uma iniciativa positiva, pois amplia o número de vagas no sistema universitário brasileiro. Mas o melhor seria que o MEC oferecesse essas vagas na rede pública, sobre a qual tem controle. Para fazer isso, porém, precisaria fazer com que as universidades públicas baixassem significativamente seus custos, uma medida que tem tanto de urgente e importante quanto tem de difícil e espinhosa. Ao invés de comprar essa briga, portanto, o MEC optou pelo atalho de criar essas vagas em instituições privadas, com dinheiro público. Agora, ao invés de criar professores mais preparados, que tenderiam a ser professores mais satisfeitos em suas carreiras futuras e menos inclinados ao abandono da profissão, o MEC dá uns caraminguás aos alunos, para que trabalhem como estagiários.

A atuação se assemelha a aquela de um empreiteiro que, confrontado com um buraco na estrada que construiu e que mantém, coloca umas tábuas sobre parte do buraco, para que parte do fluxo possa ser restabelecido, enquanto deixa todas as suas escavadeiras, britadeiras etc. no quintal da firma. Claro, colocar as tábuas no buraco é melhor do que nada, mas dá pra ver que elas vão quebrar em pouco tempo e o buraco continuará lá, e é difícil de entender que o empreiteiro não mobilize todos os seus recursos para resolver o problema de forma cabal.

Se esses programas paliativos fossem apresentados como ajudas temporárias enquanto as definitivas não vêm, ainda poderíamos ter um pouco de esperança. Mas como aparecem como a solução definitiva e o problema profundo não é tratado, são mais causa para desalento do que para esperança. O Brasil tem uma obsessão pela conciliação, pelo diálogo, pela paz e harmonia, como se todos as pessoas do universo fossem bem-intencionadas e as diferenças de opinião se devessem apenas a problemas de comunicação, sanáveis com mais algumas rodadas de reuniões, seminários e consultas públicas. Não são. Há posições antagônicas e antitéticas - e em várias áreas importantes para o país, como a educação. Para resolver o problema, precisamos de gestores que assumam o conflito - pois ele é inevitável."