sábado, 29 de outubro de 2011

Asteroide vai passar raspando na Terra em novembro

Imagem do asteroide 2005 YU55 por meio de ondas de radar

Imagem do asteroide 2005 YU55 por meio de ondas de radar


















Um asteroide da lista de objetos espaciais potencialmente perigosos passará muito perto da Terra em 8 de novembro, às 20h28 (horário de Brasília), pelos cálculos da Nasa.

A rocha espacial chamado 2005 YU55 se aproximará do nosso planeta a uma distancia menor do que a da Lua, o que para a astronomia é considerado um "fio de cabelo cósmico".

A proximidade do asteroide é incomum por se tratar de um objeto grande, com 55 milhões de toneladas e 400 metros de diâmetro – o equivalente a quatro campos de futebol.

Se atingir a Terra, o impacto terá a força de mais de 65 mil bombas atômicas, abrindo uma cratera de quase 10 km de largura e 600 metros de profundidade.

No entanto, a Nasa descarta qualquer risco de colisão entre o asteroide e o planeta Terra, pelo menos nos próximos 100 anos.

“O YU55 orbita o Sol de 14 em 14 meses, porém não representa nenhuma ameaça de colisão com o nosso planeta no período de 100 anos”, disse o porta-voz da Nasa, Don Yeomans.

Descoberto por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, em 2005, o asteroide só foi melhor observado em abril de 2010 através do Radiotelescópio do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, revelando-se um objeto escuro e quase esférico.

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Acontecimento histórico

A passagem do YU55 perto da Terra será um acontecimento histórico para os astrônomos - trata-se da maior aproximação de um objeto deste tamanho detectado com antecedência.

O 2005 YU55 estará melhor visível na manhã do dia 9 de novembro, quando atingirá magnitude 11 por várias horas até desaparecer.

Na astronomia, magnitude é a medida quantitativa de luz vinda de um astro. Quanto menor o número, maior o brilho aparente.

Como a visão humana só consegue captar objetos com brilhos até 5 graus de magnitude positiva, quem quiser observar o asteroide vai precisar de, no minimo, um pequeno telescópio.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Relógio atômico britânico é o mais preciso do mundo, diz estudo


Uma pesquisa apontou que o relógio atômico do Laboratório de Física Nacional da Grã-Bretanha é o mais preciso do mundo.
 
Segundo a pesquisa, feita por pesquisadores americanos e britânicos, o relógio CsF2 se atrasa ou se adianta em um segundo a cada 138 milhões de anos.
Essa precisão é o dobro da que se estimava, aponta o estudo, que será publicado na revista científica especializada "Metrologia".
O CsF2 é um relógio de fonte de césio que usa o movimento em forma de fonte dos átomos de césio para determinar a duração de um segundo.
Os átomos são reunidos em maços de cerca de 100 milhões e direcionados através de uma cavidade onde são expostos a ondas eletromagnéticas.
Estas ondas estimulam o átomo para que oscile de forma regular. O Sistema Internacional de Unidades (SI) considera que 9.192.631.770 ciclos de radiação equivalem a um segundo.
Frequência padrão 
O Laboratório de Física Nacional britânico é um dos poucos no mundo a prover a chamada frequência padrão para o tempo internacional.
A mediação é feita pelo Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em francês), nos arredores de Paris, alimentado por uma rede de mais de 300 relógios em todo o mundo.
Os dados são recebidos via satélite e sua média é calculada pelo BIPM usando os dados de dois laboratórios na França e um nos EUA, Alemanha, Japão e Grã-Bretanha, entre os quais o de Física Nacional britânico.
Eventualmente, um segundo pode ser adicionado ou subtraído para corrigir qualquer discrepância.


Alta energia detectada na Nebulosa do Caranguejo desafia modelos da Física



WASHINGTON - A Nebulosa do Caranguejo agitou a comunidade científica após a descoberta de que a energia que emana de seu interior é muito maior que a calculada até agora, questionando os modelos teóricos da Física, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science.
Uma equipe internacional de cientistas do departamento de Física da Universidade de Washington, na cidade americana de Saint Louis, detectou que a intensidade de raios gama emitida pelo pulsar (estrela de nêutrons) do coração da nebulosa é muito superior à que os modelos teóricos comuns podem explicar.
Os cientistas, que utilizaram os dados obtidos pelos potentes telescópios que formam o complexo de observação Veritas, situado no Arizona, detectaram que a estrela de nêutrons tem energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt (GeV).
Este número é muito superior aos 25 bilhões de elétrons-volt que até agora era o máximo de energia detectado pelo Veritas.
Os telescópios utilizam grandes espelhos e câmeras ultra-rápidas para detectar os brevíssimos brilhos de luz azulada (luz Cherenkov) produzidos pelas cascatas de partículas subatômicas geradas na interação dos raios gama de energia muito alta com a atmosfera.
"Estamos diante de algumas forças extremas e estas observações mostram que nossas teorias não encaixam e que sabemos menos sobre os pulsares do que pensávamos", indica Henric Krawczynski, astrofísico e um dos autores do estudo.
O pulsar da Nebulosa do Caranguejo é o vestígio da explosão de uma supernova registrada na Terra em 1054.
(http://topicos.estadao.com.br/noticias-sobre-fisica)




domingo, 9 de outubro de 2011

Keep Walking Brazil

“Muitos passos são necessários para construir uma história repleta de sucessos. Assim é a história do Brasil, um país gigante pela própria natureza, que já foi figura entre os maiores do mundo e possui um futuro extremamente promissor. Você é do tamanho dos seus passos.
Keep Walking, Brazil.”



"No início dos tempos, na parte sul das Américas, habitava um gigante. Um dos poucos que andavam sobre a Terra. Gigante pela própria natureza, e sendo natureza ele próprio, era feito de rochas, terra e matas, que moldavam sua figura. Pássaros e bichos pousavam e viviam em seu corpo e rios corriam em suas veias. Era como um imenso pedaço de paisagem que andava e tinha vontade própria. Caminhava com passadas vastas como vales e tinha a estatura de montanhas sobrepostas. Ao norte, em seu caminho, encontrava sol quente e brilhante nas quatro estações do ano. Ao sul, planaltos infindáveis. A oeste, planícies e terras cheias de diversidade. E a leste, quilômetros e quilômetros de praias onde o mar tocava a terra gentilmente, desde sempre. Havia também uma floresta como nenhuma outra no planeta. Tão grande, verde e viva que funcionava como o pulmão de todo o continente à sua volta.
Mesmo diante de tudo isso, um dia, enquanto caminhava, o gigante se inquietou. Parou então à beira-mar e ali, entre as águas quentes do Atlântico e uma porção de terra que subia em morros, deitou-se. E, deitado nesse berço esplêndido, olhou para o céu azul acima se perguntando: "O que me faz gigante?". Em seguida, imaginando respostas, caiu em sono profundo. Por eras, que para os gigantes são horas, ele dormiu. Seu corpo gigantesco estirado, o joelho dobrado formando um grande monte, uma rocha imensa denunciando seu torso titânico e a cabeça indizível, coberta de árvores e limo. Dormiu até se tornar lenda no mundo. Uma lenda que dizia que o futuro pertencia ao gigante, mas que ele nunca acordaria e que o futuro seria para ele sempre isso: futuro.
No entanto, com o passar do tempo ficou claro que nem mesmo as lendas devem dizer "nunca". Depois de muito sonhar com a pergunta sobre si, o gigante finalmente despertou com a resposta. Acordou, ergueu-se sobre a terra da qual era parte e ficou de frente para o horizonte. Tirou então um dos pés do chão e, adentrando o mar, deu um primeiro passo. Um passo decidido em direção ao mundo lá fora para encontrar seu destino. Agora sabendo que o que o faz um gigante não é seu tamanho, mas o tamanho dos passos que dá."



O comercial acima foi criado pela agência Neogama/BBH e produzido pela The Mill.
Propaganda da Coca-cola no Brasil conclamando manifesto pelo otimismo

Sem querer fazer "propaganda", mas fazendo, assistam ao vídeo abaixo. Muito bom! :)



"Existem razões para acreditar ..."


quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Morre Steve Jobs

Nesta quarta-feira (05 de outubro), o cofundador da Apple, Steve Jobs, um gênio visionário que mudou o mundo e um dos maiores inventores americanos, que revolucionou a cultura com criações como o iPod, o iPad e o iPhone, veio a falecer de câncer, aos 56 anos, gerando reações em todo o planeta. Algumas personalidades, celebridades, políticos e especialistas em tecnologia lamentaram sua morte.


Bill Gates, presidente da Microsoft, pelo Twitter
"Melinda e eu extendemos nossas sinceras condolências à família e amigos de Steve Jobs. O mundo raramente vê alguém que tenha um impacto tão pro fundo. Para aqueles de nós que tivemos a sorte de trabalhar com Steve, foi uma honra muito grande. Eu sentirei falta de Steve imensamente."

Tim Cook, substituto de Jobs na Apple
"Eu tenho uma notícia triste para compartilhar com vocês. A Apple perdeu seu gênio criativo e visionário, o mundo perdeu um ser humano maravilhoso. Aqueles que foram sortudos o suficiente para conhecer e trabalhar com Steve perderam um grande amigo e um mentor. Não há palavras para expressar adequadamente a tristeza com a morte de Steve."

Mark Zuckerberg, pelo Facebook
"Steve, obrigado por ser um mentor e um amigo. Obrigado por mostrar que você o que você constrói pode transformar o mundo. Vou sentir sua falta."

Sergey Brin, cofundador do Google
"Desde os primeiros dias do Google, sempre que Larry [Page] e eu buscávamos inspiração para visão e liderança, não precisávamos olhar mais adiante que em Cupertino [onde fica a sede da Apple]. Steve, sua paixão pela excelência é sentida por todos que já tocaram um produto da Apple (incluindo o MacBook com o qual estou escrevendo isso agora). E eu testemunhei isso pessoalmente nas poucas vezes em que nos encontramos. Em nome de todos nós o Google, e além disso, na tecnologia, você fará muita falta. Minhas condolências à família amigos e colegas da Apple."

Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia
"Steve viveu o sonho californiano durante todos os dias de sua vida e ele mudou o mundo e inspirou a todos nós. #ThankYouSteve.

Steve Jobs era considerado o grande responsável pela ascensão da Apple do posto de empresa combalida ao status de companhia com maior valor de mercado do mundo.
Descanse em paz Jobs!

(Fonte: uol e Globo.com)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Trio recebe Nobel de física por provar aceleração da expansão do Universo

Depois do LHC (na busca para encontrar o Bóson de Higgs) e dos Neutrinos (que supostamente viajam a uma velocidade mais rápida que a da luz), agora o assunto mais comentado é o Prêmio Nobel de Física, o qual saiu ontem (04 de outubro) para três pesquisadores norte-americanos. Leia parte da reportagem logo abaixo:

"Na manhã desta terça-feira (4 de outubro), a real academia de Ciências da Suécia anunciou prêmio Nobel de física de 2011, o qual foi para três pesquisadores norte-americanos que descobriram a aceleração da expansão do universo a partir da observação de supernovas distantes. Metade do prêmio de 1,5 milhão de dólares (cerca de 2.8 milhões de reais) irá para o norte-americano Saul Perlmutter. A outra metade será dividida entre outros dois cientistas dos EUA: Brian Schmidt, que é radicado na Austrália, e Adam Riess.




De acordo com os jurados do Prêmio Nobel, o estudo dos astrônomos permitiu novos entendimentos sobre a evolução do universo. Os dois grupos de pesquisadores descobriram que a expansão não estava indo mais devagar, como se acreditava, na verdade ela estava se acelerando.

Schmidt recebeu o anúncio em sua casa na Austrália (às 21h no horário local) e falou ao vivo durante a cerimônia. "Tenho a mesma sensação que tive quando as minhas crianças nasceram. Estou muito animado e surpreso. Ocasionalmente as pessoas falavam sobre isso, mas eu não esperava pelo prêmio" disse o premiado que afirmou que vai dormir em breve e que nestas próximas horas deve pensar em o que pretende fazer no dia seguinte ao anúncio. O professor afirmou que dará aula amanhã na Universidade justamente sobre o assunto que foi premiado."

Para ler a reportagem completa clique aqui!

A profissão de Físico

“Físicos - Curiosos acima de tudo”

Por: Juliana Godoy - Diario de Pernambuco


Esta é a melhor definição para os físicos. Graduação exige muito conhecimento prévio, dedicação máxima e prazer pela leitura. Carreira está em alta, salários são bons, mas tem vaga que só com pós-doutorado.

Entender como o mundo funciona é o principal motivo de muitos alunos que procuram a graduação em física. Diferente do que a maioria dos estudantes do ensino médio pensa, física não é apenas aquela enxurrada de fórmulas que vimos nas salas de aula. Ela é a principal ferramenta para compreender a natureza e o mundo.

Entrar em um curso superior sobre o assunto exige mais do que identificação do aluno com esses questionamentos. Ele precisa ser apaixonado pelas ciências exatas, conhecer o mundo dos números a fundo e ainda ter uma grande dose de dedicação para encarar o curso, que é bem puxado.

"A física ajuda as pessoas a entenderem como o mundo funciona. Ela vem como uma ferramenta para compreender a natureza", explica o coordenador do curso da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Alexandro Tenório. Ele avisa que para tentar entender isso não basta saber aquelas fórmulas aprendidas no colégio. O estudante precisa ir além. "Ele tem que ter uma forte afinidade com todas as ciências exatas.

Tem que saber muito matemática e física, se não ele não consegue fazer o curso", avisa. No estado, a graduação é oferecida de duas maneiras. O bacharelado e a licenciatura. A diferença delas está no foco de cada uma. Enquanto o bacharel em física é voltado para pesquisas, o estudante licenciado está apto para ser professor de física.

"Mas isso não impede que quem fez bacharelado ensine. Ele só vai precisar fazer um mestrado de ensino ou em alguma área da física", afirma Tenório. O bacharelado é oferecido pela Universidade Federal de Pernambuco, enquanto a licenciatura é dada pela UFRPE e a Universidade Católica de Pernambuco oferece os dois.

Noêmia Patrícia da Silva, 21 anos, está no 5º perído do curso de licenciatura em física e garante: a matéria é muito mais prática do que muita gente pensa. "É uma área muito ampla, dinâmica. Ela lhe dá base para compreender todo tipo de fenômeno da natureza", conta. Mas Noêmia só soube disso quando já estava dentro da faculdade. No colégio ela só viu o básico da disciplina. "Só soube o que era física quando comecei o curso de engenharia elétrica.

Já gostava da área, mas depois de conhecê-la me apaixonei", confessa. Assim como Silva, os alunos que estão na graduação veem muito além da física clássica. Eles aprendem a contemporânea, a moderna e ainda metodologias de ensino. "Eles vão ver desde cadeiras relacionadas à matemática, como estatística, até disciplinas como eletromagnestismo e física nuclear", afirma Alexandro.

E quem está interessado na graduação vale saber: ela é só o começo da carreira. "Depois que você faz um mestrado, um doutorado, o leque de oportunidades se abre muito mais. O aluno de física precisa ter dedicação e foco para seguir bem na carreira", avisa Tenório.

Mas enquanto a hora das pós-graduações não chega, o jeito é se dedicar ao curso superior. "É um curso bem puxado, exige um conhecimento muito grande dos alunos e dedicação quase exclusiva. Quem entra em física tem que estar preparado para trabalhar e gostar muito do que faz", alerta Tenório.

Pós-doutorado, para começar


Significado da física: "minha vida". Se existisse um dicionário feito por profissionais da área, seria assim que o curso e a profissão de físico seriam descritos. Entrar no curso de física não é pensar em vários empregos e nem em muitos trabalhos, mas, sim, em dedicação exclusiva, em uma linha a ser seguida até o ponto mais alto da carreira. Foi assim com o Ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, com seu companheiro no departamento de física da Universidade Federal de Pernambuco Cid Bartolomeu de Araújo, e com quase todos que escolheram o curso.

Dedicação é a palavra de lei para quem entra no departamento de física. Sem ela o aluno não passa no vestibular, não termina o curso e nem consegue seguir com sua carreira. "Não dá para entrar achando que vai ser fácil. É um curso puxado, exige dedicação exclusiva do aluno, porque além das cadeiras ele ainda pode entrar em um projeto de pesquisa", explica o físico e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Cid Bartolomeu de Araújo. Para chegar onde está, Bartolomeu carrega em seu currículo mais do que cursos. Ele traz experiências de vida. Junto com o atual ministro do MCT e outros profissionais, ajudou a fundar o departamento de física da UFPE. "Na época que fiz vestibular não tinha o curso aqui, então nos juntamos e resolvemos trazer a graduação para cá", lembra.

Depois disso, Bartolomeu não parou mais. Fez mestrado e doutorado em física pela PUC e mais um pós-doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. "Para trabalhar com física você precisa se qualificar", avisa Araújo que ainda passou um ano na IBM de Nova Yorque e algum tempo na França. Na entrevista dada ao Guia de Profissões, Cid Bartolomeu dá algumas dicas para quem quer começar na área e explica como anda o mercado atual em física, que em nada lembra o da sua época.

O que o estudante precisa para entrar em física?

De imediato, uma boa formação do colégio e uma boa carga de matemática e física, porque durante o curso vai ser exigido do aluno um alto grau de conhecimento. É fundamental que a pessoa também se identifique com a área e goste bastante, caso contrário, não consegue terminar a graduação. Hoje, apenas 50% dos que entram estão se formando. Então é bom ter consciência de que é um curso puxado, difícil, mas que no final vale a pena para quem gosta do que faz.

Onde um físico pode trabalhar?

Existem várias áreas dentro da física. As principais são de ensino e pesquisa. Dentro delas ainda tem as sub-áreas, que são aplicações da física, física nuclear, teórica. O físico também pode atuar dentro dos laboratórios do governo federal, que são ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Outra área é a de indústrias. Apesar de ser um pouco mais recente, as grandes indústrias já estão contratando físicos para trabalhar com comunicações ópticas, nanociência e nanotecnologia.

Existe algum setor que esteja em crescimento ou que seja uma promessa para o futuro?

Os setores que mais crescem atualmente são o de fotônica, que lida com as propriedades da luz, gerando fontes para iluminação, como leds, lasers. E também o de biofotônica, que usa essas propriedades da luz para estudar os sistemas biológicos.

Como é o mercado de trabalho?

A física é um mercado com grande potencial de expansão. Hoje, temos pouquissímos físicos formados. É uma profissão que você não vai ver pessoas desempregadas por um bom tempo. Isso é, se elas se qualificam, porque para entrar no mercado são muitas as exigências. Em alguns lugares, inclusive, você só entrar se tiver pós-doutorado.

Um mercado onde não faltam vagas ou que faltam profissionais qualificados?

Os dois. Temos quatro universidades públicas aqui. As quatro tiveram concurso recente para físico e poucas pessoas se inscreveram. Isso sem contar com as particulares. Esperávamos mais gente. A física é uma área que permite que o profissional atue emoutros departamentos também. Você não precisa ficar necessariamente dentro do departamento de física. Dá para ir para química, engenharia eletrônica, medicina.

E como é o salário do físico?

Para quem está fazendo doutorado, a bolsa chega a R$ 2,2 mil. Agora o aluno tem que ter dedicação

exclusiva para o curso. Depois que ele termina e investe em seu conhecimento pode ganhar de R$ 10 mil a R$ 15 mil nas universidades federais. Quem trabalha em laboratório pode ter uma renda até maior que isso, e quem ensina e São Paulo também tem salários maiores.

O que você aconselha para quem quer começar?

Só venha se tiver vocação. Na universidade o aluno vai trabalhar bastante, vai ter que se esforçar mesmo. Se não sabe bem o que quer, ou não tem muita certeza, não faça. Porque não vai valer a pena.


Pelo prazer de ser físico

As brincadeiras de infância nos joquinhos de laboratórios científicos renderam muito mais que diversão para Celso Pinto de Melo. Elas lhe mostraram qual seria sua profissão no futuro. Destinado a ser cientista, não importava qual fosse a área, Celso foi em busca de informações que pudessem lhe dizer que curso seguir. Acabou encontrando a física, meio que ao acaso, e não largou mais dela. Cresceu na área, foi até diretor do CNPq em Brasília e hoje é diretor do departamento de física da Universidade Federal de Pernambuco.

Ele não lembra quando, nem onde e nem por quê. Mas Celso só sabe que sempre teve certeza de que seria um cientista."Não tinha muitas informações a respeito do que era trabalhar com ciência, mas já tinha na minha cabeça que era isso que eu queria", conta. A brincadeira que ele sempre fazia quando lhe perguntavam o que ele seria quando crescesse, se tornou realidade. Celso seria um cientista. No ano em que fez vestibular escolheu a engenharia química, mas por apenas um motivo: o bacharelado de física ainda não tinha chegado ao Recife. "Quando estava na metade do curso a graduação de física veio para a UFPE e eu comecei a pagar cadeiras de lá também", lembra. De imediato Melo imendou um mestrado em física também na UFPE e alguns anos depois um doutorado na Universidade da Califórnia, em Santa Barbára, Estados Unidos. "De lá fui para o Fulbrigth Senior Scholar, junto ao Departamento de Ciência de Materiais de Massachusetts Institute of Technology, o MIT, em Cambridge, passar um ano sabático, que é como chamamos o intercâmbio", diz Melo. Tanta identificação imediata com a área de física, Celso só atribui a uma peculiaridade. A curiosidade nata. "Sempre me perguntava o por quê de tudo. Gostava de ler bastante, era muito curioso. E isso é fundamental para um físico", avisa.

Na volta para o Brasil, Celso Melo foi eleito diretor do CNPq em Brasília, um dos maiores órgãos de pesquisas do país. O professor passou três anos na Capital Federal antes de se fixar no departamento de física da UFPE. Onde ele foi coordenador, vice- coordenador, e hoje é diretor do departamento."Aqui montei um grupo de pesquisa em polímetros não convencionais e não sai mais", conta. Mas para chegar até aí ele garante que só existe um meio, que em nada tem a ver com mestrados, doutorados e cursos. É o prazer de ser físico. Sem isso, ninguém da área chega a algum lugar. "Para ser físico tem que ter aquele brilho no olhar de satisfação. Não dá para você fazer o que não gosta", afirma. Para quem está dando os primeiros passos na física, Melo avisa: "O Brasil tem fortes chances de ser um dos países líderes do mundo em ciência e tecnologia. Basta que as pessoas saibam utilizar isso como um instrumento de desenvolvimento", alerta o físico que não se declara um profissional de sucesso, mas, sim, realizado com aquilo que faz.




sábado, 1 de outubro de 2011

NEUTRINOS

Nas últimas semanas um assunto está sendo muito discutido nos meios de comunicação.
A seguir uma breve definição sobre os Neutrinos:

Neutrino é uma partícula sub-atómica dificilmente detectada porque sua interação com a matéria é muito fraca, sua carga é neutra e sua massa extremamente pequena. A sua formação se dá em diversos processos de desintegração em que sofre transição para um estado de energia mais baixa, como quando o hidrogênio é convertido em hélio no interior do Sol. Neste momento são gerados todos os comprimentos de ondas.
A maioria dos neutrinos que atravessam a Terra são provenientes do Sol, e mais de 50 trilhões deles passam através do seu corpo a cada segundo.

O neutrino é uma das partículas elementares da matéria/energia (neste caso há que se ter cuidado em dissociar a matéria da energia). Tem o mesmo momento angular intrínseco, spin ou giro da mesma forma que os prótons, elétrons e nêutrons, e diferente dos fótons que têm o dobro do giro ou spin.
Pertence à família dos léptons, sua massa é muito pequena (antigamente se pensava que podia ser nula). O spin do neutrino é 1/2, sua carga elétrica pode ser considerada nula. Esta partícula é formada em diversos processos de desintegração beta, e na desintegração dos mésons K. Pode-se dizer (por enquanto) que existem três tipos de neutrino. Estão intimamente associados ao elétron, ao tau e ao múon.

Velocidade

Antes que a ideia de oscilações de neutrinos surgisse, era comumente aceito que eles viajavam à velocidade da luz. A questão da velocidade do neutrino está intimamente relacionada à sua massa extremamente pequena. De acordo com a teoria da relatividade, se os neutrinos têm massa, eles não podem alcançar a velocidade da luz. Caso a informação fosse confirmada, portanto, alguns pontos da teoria da relatividade de Albert Einstein teriam que ser revistos.

Em setembro de 2011, surgiram dados da Colaboração OPERA (cujo detector subterrâneo de neutrinos está em Gran Sasso, na Itália) que pareciam indicar que os neutrinos podem mover-se a uma velocidade superior à da luz. A maioria dos cientistas está cética ou pelo menos cautelosa quanto aos resultados do Opera. Os próprios pesquisadores que realizaram a medição dizem que os resultados são intrigantes e que devem ser analisados com cautela. O artigo original, inclusive, informa que serão necessários testes independentes para confirmar ou refutar a informação. No entanto, um seminário dos autores na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, Suíça, dado diante de uma plateia de especialistas um dia depois da publicação de seu artigo no arXiv, pareceu convincente para boa parte da comunidade científica. Resultados semelhantes já haviam sido publicados em 2007 por outra colaboração, a MINOS, no laboratório Fermilab, em Chicago, nos EUA, mas com índice de confiabilidade menor.

Cabe a cada um de nós, tirar suas próprias conclusões a respeito. Colóquios foram organizados na Universidade Federal de Lavras para esclarecer o assunto, já que a mídia constuma ser bastante impactante nesse assunto. Click "AQUI" e veja a reportagem:


A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (em francês: Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire), conhecido como CERN