quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Carta de Apoio à Greve dos Professores Estaduais Mineiros

Nós, participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) da área de Física da Universidade Federal de Lavras, programa do governo federal e financiado pela Capes, como formadores de professores e licenciandos que somos e conhecedores da competência e comprometimento dos professores da rede estadual que atuam no município de Lavras, nos sensibilizamos e apoiamos as manifestações de greve de todos os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais.

Queremos destacar o termo democracia o “governo do povo, pelo povo e para o povo” . Neste sentido, são democráticos o governo, a gestão e as pessoas que se pautam pelo interesse do povo, decidem e executam as decisões com sua participação ativa. Então podemos nos perguntar: onde está a democracia para com a classe dos professores?

Todos nós temos o direito de desenvolver a capacidade de ler o mundo, de nos sentirmos inseridos no processo de tomada decisões, de dominar o mundo do conhecimento, de pesquisar, de construir novos conhecimentos válidos para o progresso coletivo. Mas, caro governador, está tão difícil entender isso? Onde está seu dialogo para com os professores estaduais mineiros? O que exigimos é a política pública educacional em vigor e sendo respeitada, para deste modo, ocorrer a valorização do professor. Aqui lembramos a lei do piso salarial, lei 11.738/08, que garante inclusive sua implementação na carreira e manifestamos também o nosso repúdio ao projeto de lei 2355/11 do governo, que destrói a carreira do professor.

Não podemos deixar de manifestar nossa indignação pela situação que a classe de professores deste estado se encontra e pelo modo indigno que ela vem sendo tratada pelas autoridades ditas competentes. O piso salarial estabelecido pelo MEC é a remuneração mensal de R$1.187,08, isto para uma jornada de trabalho de até 40 horas semanais. O governo do estado se defendendo informa que fez o reajuste proporcional a carga horária de 24 horas semanais. Porém, quem considera o piso salarial é digno? Será que eles possuem o conhecimento de que os professores que trabalham com educação básica desse país tiveram que investir anos de estudo? Eles sabem que está profissão é de nível superior? Já pararam para pensar porque temos tanta falta de professores? Porque uma profissão tão digna e necessária não atrai os estudantes? Quem foi que transformou essa profissão numa profissão menosprezada, desrespeitada?

Por fim, gostaríamos de levantar uma última questão: Todos se colocam muito preocupados com os alunos, mas já pararam para pensar quem durante anos vem se sujeitando às condições mais adversas possíveis em defesa da educação desses alunos?

3 comentários:

  1. Olá pessoal...
    Esta foi a carta que levamos para a Assembleia que ocorreu nesta última terça...espero que gostem...abraços

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  2. Em nome de toda a categoria obrigado pelo apoio.

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