sábado, 25 de dezembro de 2010
Braile Virtual
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Mestrado Profissionalizante
Mestrado impulsiona ensino de Física nas escolas
Voltado a professores em exercício do nível médio e de licenciaturas, curso da UFRGS é focado em ensino e aprendizagem para o aprimoramento da ação docente (retirado do site da SBF)Oferecido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, no campus da universidade em Porto Alegre, o curso é voltado para o aprimoramento da educação em Física, seja pela ação direta em sala de aula, seja pela contribuição na solução de problemas educativos ou pelo uso de novas tecnologias no ensino. “Um dos diferenciais desse mestrado é que ele é dirigido especialmente para professores em serviço, que durante o curso têm a oportunidade de apresentar e solucionar problemas que eles frequentemente se deparam na prática docente”, disse a professora do Departamento de Física da UFRGS, Eliane Angela Veit.
Diferentemente do mestrado acadêmico em ensino de Física, que não tem compromisso imediato com a sala de aula e tem o doutorado como continuação natural, o mestrado profissional da UFRGS visa o ensino e a aprendizagem para a ação docente no sistema escolar, sem comprometer o aluno com a pesquisa acadêmica.
“A ideia é permitir que os professores produzam produtos educacionais, como um novo texto teórico ou a criação de uma ferramenta inovadora na internet, que sejam disseminados para outros docentes. Essa ampla divulgação dos conhecimentos inéditos que são adquiridos é uma das exigências do curso, o que acaba tendo um efeito ainda mais positivo no ensino de Física em todo o País”, complementa a docente.
O curso abrange temas como “Física na Educação Básica”, “Formação de Professores de Física”, “Atualização Curricular no Ensino Médio”, “Novas Tecnologias no Ensino de Física”, “Ensino de Astronomia” e “Física no Ensino Fundamental”.
O mestrado conta ainda com disciplinas como “Redação Científica”, que prepara o estudante para escrever textos científicos, e “Tópicos de História da Física”, que oferece a possibilidade de explorar a história como recurso didático.
Após o prazo máximo de três anos de conclusão do mestrado, a dissertação deve se aproximar a um trabalho final de pesquisa aplicada e também envolve o desenvolvimento de novos processos ou produtos voltados à área educacional da disciplina.
Mais informações: http://www.if.ufrgs.br/ppgenfis
CONTATOS
Eliane Angela Veit (UFRGS)
Tel: 0/xx/51 3316-6468
E-mail: eav@if.ufrgs.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Ciência brasileira é tema da principal matéria da prestigiosa Science
Nesta semana, a Science publicou uma reportagem de capa com Miguel Nicolelis. O número de páginas (6!) e o destaque da ciência que se faz no Brasil, mostra que o nosso país não pode mais ser visto por seus habitantes somente como o país da agricultura, do carnaval e da Bossa Nova. Mas, será que as entidades e estruturas do governo que fomentam as pesquisa científicas enxergam assim?
Para quem não é da primeira turma (e não fez aquela matéria da Jacque), Miguel Nicolelis é uma das autoridades mundiais em neurociência, considerado um dos 20 cientistas mais importantes do planeta. Um de seus trabalhos, que eu considero excepcional, e sou fã desde que conheci, é O Instituto de Neurociência de Natal, do qual ele é um dos fundadores. A visão de Nicolelis e de seu instituto, é de que ciência é agente de transformação social. Seguindo esse ideal, desenvolve trabalhos junto à população carente, nas áreas de saúde e educação, como a Escola de Educação Científica Alfredo Monteverde, que atende crianças da rede pública de ensino de Natal. Mas, conhecendo mais da carreira dele, descobrimos um intuito bem maior, que o inspirou em toda a sua vida.
Segue o link do site onde se encontra a tradução da reportagem:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/ciencia-brasileira-no-topo-do-mundo-principal-materia-da-prestigiosa-revista-science.html
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
(folha.com, 25/10/2010)
João Justi Junior/Divulgação
Abelhas podem solucionar problemas matemáticos complexos, superando até a capacidade de computadores para cálculos.
Esse é o cerne de um estudo desenvolvido por cientistas do departamento de ciências biológicas, a Royal Holloway, da Universidade de Londres, no Reino Unido.
Os insetos aprendem a pegar a rota mais curta para chegar até as flores que costumam ser encontradas aleatoriamente pelo caminho. Ou seja, a que economiza tempo e poupa gasto de energia, um dos princípios da questão matemática conhecida como "problema do caixeiro-viajante" ("traveling salesman problem", em inglês).
"Apesar de seu pequeno cérebro, elas são capazes de façanhas extraordinárias", comenta Nigel Raine, que participou da pesquisa.
A conclusão foi possível com a ajuda de um computador que controlou flores artificiais para identificar o comportamento das abelhas.
A ideia era mostrar se os insetos seguiam uma rota comum conforme encontravam as flores ou se procuraram instintivamente a mais curta. Depois de explorar o região florida, elas rapidamente tendem a voar pela rota mais curta.
Os dados do estudo serão publicados no jornal "The American Naturalist" ainda nesta semana.
sábado, 30 de outubro de 2010
Relatividade no Nível do Ensino Médio
O responsável pelas aulas é o professor do Departamento de Ciências Exatas da UFLA, Dr. Luíz cléber Tavares de Brito.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
LED TV - Como funciona?
Você sabe como funciona uma TV LED? E uma TV de LCD?
Veja neste vídeo uma explicação sobre essa inovação tecnológica.
(matéria originalmente publicada no site pion da Sociedade Brasileira de Física ( sbf ).
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Uma Festa Química!!!
A Festa dos Elementos Químicos
Olá amante da Física.quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Notícias de outros PIBID's no Brasil
Publicada por Assessoria de Comunicação Social |
Terça, 28 de Setembro de 2010 15:15 |
De 4 a 7 de outubro, acontece a Terceira Semana da Licenciatura em Matemática (3ª Selmat), evento promovido pelo Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro anualmente, desde 2008. O objetivo é fornecer aos licenciandos em matemática um espaço para discussões e reflexões sobre formação docente (científica e prática); papel do docente nas escolas; e ações da licenciatura em matemática no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência), projetos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que contribuem para elevar a formação docente e visam integração entre educação superior e educação básica. Entre os temas das palestras que serão apresentadas estão "Formando professores para a escola contemporânea: o papel das universidades"; "Um paralelo entre a teoria dos nós e a classificação das espécies"; "Contar ou Medir: duas faces de uma mesma moeda. O Caso da Análise Combinatória e probabilidade."; e "Sobre educação financeira nas escolas". Acontecerá ainda uma mesa-redonda com tema "Licenciatura em Matemática: A abordagem de conteúdos no Curso de Licenciatura e a Formação Docente". A 3ª Selmat será realizada no Campus Fundão da UFRJ, auditório André Pinto Rebouças. Mais informações aqui . |
terça-feira, 28 de setembro de 2010
PIBID Física participa da Feira de Ciências da E.E. Cristiano de Souza
Estiveram presentes representantes da E. E. Azarias Ribeiro, da E. E. Dora Matarazzo, da E. E. Firmino Costa e do CNEC.
A equipe de professores responsáveis pela avaliação dos trabalhos formada pelos docentes do Departamento de Ciências Exatas da UFLA Sergio Martins de Souza, Helena Libardi e Luiz Cléber de Brito, selecionou 9 trabalhos para serem apresentados na reunião regional da SBPC, que ocorrerá na UFLA na semana de 27 de setembro a 01 de outubro. As atividades do grupo PIBID Física serão realizadas na quarta-feira a tarde e na quinta-feira pela manhã.
Os trabalhos selecionados são os seguintes:
Quarta-feira
- Combate a Dengue, orientado pela professora de Português Rejane, da E. E. Azarias Ribeiro;
- Aquecedor Solar, orientado pela professora de Física Gessiléia, da E. E. Dora Matarazzo;
- Trabalho Interdisciplinar sobre HIV, prevenção contra a gravidez na adolescência e casa de embalagem de leite, da E. E. Cristiano de Souza;
- Efeito estufa e vulcão, orientado pela professora Maria José, da E. E. Cristiano de Souza;
- Aquecedor Solar, orientado pela professora Maria José, da E. E. Cristiano de Souza.
- Precipitadores eletrostáticos, orientado pelo grupo PIBID do terceiro ano, da E. E. Firmino Costa e da E. E. Dora Matarazzo;
- Jogos matemáticos, da E. E. Cristiano de Souza;
- Efeito estufa e umidificador, orientado pela professora Maria José, da E. E. Cristiano de Souza;
- Usina e Roda d'água, orientado pela professora Jaciara, do CNEC.
Além das atividades organizadas pelas escolas, a Feira contou com a exibição de diversas sessões do planetário do Projeto UFLA/Ciência, sob a supervisão da professora do Departamento de Biologia da UFLA, Ângela Maria Soares.
Acesse as fotos da Feira de Ciências. Vale a pena conferir.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A mola e a música
Professor de física conta experiência que usa instrumentos musicais e um brinquedo para ensinar acústica aos alunos. O resultado? Uma sala de aula repleta de violões, violinos, guitarras e – também – molas malucas.
Por: Thiago Camelo
Tente perguntar em sua sala de aula: "Quem aqui gosta de música? Quem aqui toca um instrumento?". Talvez você se surpreenda com a réplica: pode ser que muito mais alunos do que se presumia respondam positivamente.
Foi essa surpresa que Wilson Krummenauer, professor de física do Colégio Luterano Arthur Konrath (Estância Velha, RS), teve quando abordou seus alunos. De uma turma de 35, boa parte tinha, ao menos, alguma noção musical e sabia distinguir um som grave de outro agudo.E, afinal, qual seria a validade para um professor de física que um estudante saiba fazer esse tipo de distinção? Resposta: uma aula sobre acústica mais interessante.
"Acredito na teoria da aprendizagem significativa, que preconiza trabalhar em sala de aula com aquilo que o aluno já sabe. O professor tem a obrigação de averiguar o conhecimento prévio do estudante e construir, a partir desse conhecimento, uma proposta de trabalho", diz Wilson, que se formou na Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) e tem mestrado em ensino de física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A aula
Com a idéia de aproveitar o que os alunos já sabiam fazer, Wilson usou diversos instrumentos na escola. A propósito: o educador não sabe tocar instrumento algum. "Até aprendi com os alunos", conta.
Os estudantes levaram flauta, violão, violino e guitarra para a sala de aula. Os integrantes do coral do colégio também foram solicitados.
Assim, com música, ensinaram-se vários conceitos de acústica, como a propagação das ondas ao longo de cordas e no ar, a aferição da frequência dos instrumentos ou a noção de timbre.
Os resultados foram apresentados em um artigo publicado na revista Física na Escola[PDF]. O texto, escrito por Wilson e outros dois físicos da UFRGS – Terrimar Pasqualleto e Sayonara da Costa –, diz:
Estudar a física presente no funcionamento de um instrumento específico é um assunto tão vasto quanto a diversidade de instrumentos. Cada instrumento se apresenta como uma fonte de abordagens físicas diferindo desde a maneira como se gera o som até o processo para emitir as diferentes notas musicais.
O começo
Antes da prática musical, no entanto, os alunos precisavam saber o que estava por vir. Como manter o espírito lúdico quando se apresentam conceitos mais teóricos?
Com um brinquedo comum da infância de muitos: a mola maluca. Um casual dispositivo que representa – até mesmo na forma – uma onda. Com ela, Wilson conseguiu tornar familiares a seus alunos noções como comprimento de onda, velocidade de propagação e período.
"No fim da experiência, fizemos um questionário e vimos que 88% dos alunos viram de forma muito positiva a metodologia. Na verdade, eles se sentiram valorizados por termos ensinado por meio de um conhecimento prévio deles", afirma Wilson.
"E o mais interessante é que foi possível dar essas aulas sem abrir mão de ensinar teorias e conceitos, inclusive matemáticos, cobrados no currículo escolar".
Dito isso, resta perguntar a você, professor: quantos alunos seus tocam algum instrumento?
Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line
domingo, 12 de setembro de 2010
Avaliando a educação!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Seminário na E. E. Firmino Costa
Sala de vídeo da E. E. Firmino Costa, em 24/08/2010. |
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A Física do Violino
Atenção senhoras e senhores amantes de uma boa música!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Phet
Boa tarde galera que acompanha o blog do Pibid Física UFLA (três dias pra ler o nome do blog)!!
Vim para compartilhar com vocês, que gostam bastante de um computador e AMAM (ou não...) física, o Phet.
Mas o que raios e trovões é isso??
O PhET é um programa desenvolvido pela Universidade do Colorado, que permite ao usuário fazer simulações virtuais sobre vários fenômenos da natureza.
Durante as simulações sinta-se livre para explorar ao máximo o que vai acontecendo enquanto vamos manipulando o experimento ao nosso “bel-prazer”.
http://phet.colorado.edu/en/get-phet/full-install
Existe tambem a opção para rodar qualquer simulação diretamente pelo site e é preciso ter flash e java instalados em seu computador.
PS1: Não esqueça de detonar algo.
PS2: http://www.ensinolivre.pt/?q=node/184 (aqui um link com alguns aplicativos traduzidos pra vocês)
PS3: Videogame da sony.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
IDEB Aponta melhoria na Educação Pública
Apesar de índice apontar melhora na educação, ritmo é mais lento no ensino médio
(Folha de São Paulo, 01/07/2010)
ANGELA PINHODE BRASÍLIA
ANTÔNIO GOIS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
PIBID na coluna da Revista Veja
Antes de qualquer comentário gostariamos de saber a opinião de todos os leitores.
Bolsa-professor e o erro de prioridades
"Neste ano, o MEC implantará uma iniciativa chamada Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid), que já vem sendo chamado de "bolsa-professor". O programa destina recursos - 39 milhões de reais esse ano - para o pagamento de bolsas de 300 reais por mês a alunos dos cursos de licenciatura, com ênfase nas áreas de exatas, para que realizem programas de estágio em escolas públicas do ensino básico. Haverá também pagamento de 600 reais por mês aos professores da rede que participarem do projeto, ajudando os estagiários, e pagamentos de 1.200 reais mensais para os coordenadores e sub-coordenadores do projeto em cada instituição de ensino superior. Creio que esse programa diz muito sobre as estratégias educacionais desse governo e o problema que temos com elas.
O programa tem uma certa lógica. Seu objetivo é aumentar a retenção de professores - fazer com que mais alunos que estudam nos cursos de licenciatura exerçam a função de professores depois de formados. Não sei se a exposição à sala de aula dessa maneira vai aumentar ou diminuir as probabilidades de que isso aconteça, pois não está claro quais critérios deverão ser seguidos para que os projetos apresentados sejam aceitos pela Capes, que é quem vai julgar os projetos e alocar os recursos. Mas tudo bem, deixemos essa questão de lado e presumamos que o programa realmente ajude os professores a entrar na docência. Seria otimismo demais, porém, imaginar que um professor vai permanecer durante anos em uma carreira apenas porque, quando era estudante, recebeu 300 reais por mês. É difícil esperar que esse programa tenha impactos de longo prazo ou que vá representar - até pelo seu pouco volume - uma mudança significativa no panorama da educação brasileira. E realmente não há mais muito que o MEC possa fazer sobre os salários de professores da educação básica, já que este pagamento é de responsabilidade de estados e municípios.
Há uma ferramenta, porém, que está diretamente sobre controle do Ministério e que tem impacto definitivo sobre o sucesso dos futuros professores: os cursos de ensino superior nas áreas de licenciatura e pedagogia das universidades federais, que formam os futuros professores. Apesar de serem pequenos em termos de números de alunos, os cursos de universidades públicas - das universidades federais e das estaduais, especialmente as paulistas - são as áreas de referência no campo de formação de professores no país, exercendo forte influência sobre o ensino praticado nessas áreas nas faculdades particulares. E há uma montanha de evidências demonstrando que esses cursos, mesmo o das universidades mais renomadas, são péssimos. Ensinam tudo aquilo que uma pessoa possa querer saber sobre educação - sua história, seus pensadores, sua função social, sua filosofia, sua sociologia - menos as duas coisas que realmente importam: o conteúdo que o professor terá de ensinar e a didática para que ele o ensine em uma sala de aula condizente com a realidade brasileira.
Nossos professores chegam às escolas com pouco conhecimento sobre o que terão de ensinar ou como fazê-lo de forma eficaz. Esse despreparo redunda em insucesso na sala de aula e a inevitável frustração que a acompanha. Pesquisa atrás de pesquisa, no Brasil e no mundo, apontam a importância do ambiente da escola, da satisfação do professor e das suas percepções sobre a sua própria eficiência como fatores importantes para a retenção de bons professores. A maneira mais decisiva - e barata - de mudar esse quadro é dando uma formação mais robusta aos nossos professores. Isso, porém, requeriria uma queda de braço com as universidades públicas, e isso o MEC parece não estar disposto a fazer.
O Pibid tem a mesma lógica do ProUni, o programa que transfere recursos públicos para custear bolsas de alunos em universidades particulares. O ProUni é uma iniciativa positiva, pois amplia o número de vagas no sistema universitário brasileiro. Mas o melhor seria que o MEC oferecesse essas vagas na rede pública, sobre a qual tem controle. Para fazer isso, porém, precisaria fazer com que as universidades públicas baixassem significativamente seus custos, uma medida que tem tanto de urgente e importante quanto tem de difícil e espinhosa. Ao invés de comprar essa briga, portanto, o MEC optou pelo atalho de criar essas vagas em instituições privadas, com dinheiro público. Agora, ao invés de criar professores mais preparados, que tenderiam a ser professores mais satisfeitos em suas carreiras futuras e menos inclinados ao abandono da profissão, o MEC dá uns caraminguás aos alunos, para que trabalhem como estagiários.
A atuação se assemelha a aquela de um empreiteiro que, confrontado com um buraco na estrada que construiu e que mantém, coloca umas tábuas sobre parte do buraco, para que parte do fluxo possa ser restabelecido, enquanto deixa todas as suas escavadeiras, britadeiras etc. no quintal da firma. Claro, colocar as tábuas no buraco é melhor do que nada, mas dá pra ver que elas vão quebrar em pouco tempo e o buraco continuará lá, e é difícil de entender que o empreiteiro não mobilize todos os seus recursos para resolver o problema de forma cabal.
Se esses programas paliativos fossem apresentados como ajudas temporárias enquanto as definitivas não vêm, ainda poderíamos ter um pouco de esperança. Mas como aparecem como a solução definitiva e o problema profundo não é tratado, são mais causa para desalento do que para esperança. O Brasil tem uma obsessão pela conciliação, pelo diálogo, pela paz e harmonia, como se todos as pessoas do universo fossem bem-intencionadas e as diferenças de opinião se devessem apenas a problemas de comunicação, sanáveis com mais algumas rodadas de reuniões, seminários e consultas públicas. Não são. Há posições antagônicas e antitéticas - e em várias áreas importantes para o país, como a educação. Para resolver o problema, precisamos de gestores que assumam o conflito - pois ele é inevitável."